terça-feira, 27 de setembro de 2011

Extintores de incêndio



Pouca gente valoriza, mas os extintores de incêndio são necessários em qualquer casa ou escritório. Embora exista a possibilidade deles ficarem acumulando poeira, os extintores podem salvar vidas ou reduzir as perdas causadas por um incêndio.

Os extintores são equipamentos prontos para combater incêndios ainda em fase inicial e possuem uma limitação operacional em função da sua carga útil reduzida, devendo apresentar algumas condições para que sejam eficazes:
1 – O extintor deve estar em local apropriado e em perfeitas condições de funcionamento;
2 – Sua utilização deve estar de acordo com a classe de incêndio a ser combatido;
3 – O incêndio deve ser identificado ainda no início;
4 – O operador do extintor deve estar preparado e saber manusear o extintor.

Os extintores mais utilizados são os portáteis que normalmente recebem o nome do agente extintor que utilizam. Para que o agente extintor seja expelido do recipiente é necessário que outro agente propelente crie pressão suficiente dentro do cilindro. Sendo assim, eles se classificam em extintores pressurizados, a pressurizar ou com propulsão química.

Nos extintores pressurizados o próprio agente extintor fica comprimido no reservatório, como no caso do extintor de CO2 (dióxido de carbono) ou dos extintores de pó químico ou de água que são pressurizados com hidrogênio.

Nos extintores a pressurizar o gás propelente não fica em contato com o agente extintor, mas em um cilindro auxiliar separado, cuja válvula deve ser aberta antes do uso para pressurizar o reservatório.

Os extintores com propulsão química funcionam a partir de uma reação química entre as substâncias armazenadas que libera um gás que impulsiona o agente extintor.

A durabilidade dos extintores de incêndio depende de manutenção periódica e de uma correta utilização. Como todo cilindro que contenha pressão interna, os extintores estão sujeitos à ruptura, o que pode colocar em risco a segurança dos usuários. Por isso existe uma data prevista para realização do teste hidrostático, onde se utiliza água injetada para testar a resistência do cilindro a pressões superiores a pressão normal de carregamento.

A manutenção dos extintores tem a finalidade de preservar as condições originais de operação após sua utilização ou quando requerido por uma inspeção. Ao destinar os extintores para manutenção, eles devem ser entregues vazios, para garantir que o serviço foi realizado.

Para que os extintores sejam utilizados com eficiência, o tempo de localização e identificação é importante. Para isso, é feita a utilização de símbolos, cores, letras e palavras-chave, com o objetivo de permitir a confirmação imediata da adequação do extintor à classe do incêndio.

Os incêndios são caracterizados em 4 classes conforme os combustíveis que os originam, sendo:
Classe A - Materiais de fácil combustão que queimam em sua superfície e profundidade, deixando resíduos. Exemplo: tecidos, madeira, papel, fibra, etc.;
Classe B - Produtos que queimam somente em sua superfície e não deixam resíduos. Exemplo: óleo diesel, graxa, verniz, tinta, gasolina, etc.;
Classe C - Ocorre em equipamentos elétricos energizados como motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.
Classe D - Elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio.

Extintores para incêndio classe A possuem um triângulo eqüilátero verde, com a letra “A” inscrita na cor branca. Acima haverá a palavra “Combustíveis” e abaixo a palavra “Sólidos”.

Extintores para a classe B possuem um quadrado vermelho com a letra “B” inscrita na cor branca. Acima haverá a palavra “Líquidos” e abaixo a palavra “Inflamáveis”.

Extintores para a classe C possuem um círculo azul com a letra “C” inscrita na cor branca. Acima haverá a palavra “Equipamentos” e abaixo a palavra “Elétricos”.

Extintores para a classe D possuem uma estrela de cinco pontas amarela com a letra “D” inscrita na cor preta. Sobre a estrela haverá a palavra “Metais” e abaixo a palavra “Combustíveis”.

Os extintores utilizados para mais de uma classe de incêndio terão tantos símbolos quanto necessário, em uma seqüência horizontal. Os agentes extintores que vão determinar as classes de incêndio a serem combatidas. Podemos identificar facilmente os extintores pelo bico de aplicação.

Os extintores de água pressurizada ou com mistura água-gás são ideais para incêndios da Classe A, nunca devendo ser utilizados em incêndios das Classes B, C e D.

Os extintores de gás carbônico (CO2) devem ser utilizados em incêndios das Classes B e C, podendo ser aplicados em incêndios de Classe A quando em estágio inicial.

Os extintores de pó químico seco (PQS) devem ser usados em incêndios das Classes B e C. Nos incêndios Classe D, também será usado extintor tipo "Químico Seco", porém o pó químico será especial para cada material.

Os extintores de espuma mecânica devem ser usados em incêndios das Classes A e B. A espuma é formada por uma mistura de água, ar atmosférico e um extrato a base de carbono e flúor que quando agregados entre si formam uma massa de pequenas bolhas que flutuam sobre os líquidos inflamáveis na forma de um colchão que abafa o incêndio Classe B. Além disso, aumenta as propriedades umectantes e o poder de penetração da água, conseguindo ótimos resultados na extinção dos incêndios Classe A.

Os extintores de hidrocarbonetos halogenados, também chamados de halon, são pressurizados pela ação do próprio agente extintor que é um gás liquefeito e possuem as mesmas aplicações dos extintores de CO2.

Em outras postagens escreverei mais sobre os extintores e sua importância no combate a incêndios. Por enquanto, devemos procurar conhecer os tipos disponíveis no mercado e suas aplicações, lembrando que os ambientes onde haja risco de incêndio e principalmente os acessos as saídas de emergências devem dispor de extintores, pois mesmo que eles acumulem um pouco de poeira, ainda é melhor do que não ter no momento de necessidade.