quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Ergonomia nos mobiliários


Sabe aqueles móveis que são anunciados pelas grandes redes de varejo com prestações a perder de vista? Do tipo aquele que a vovó comprou para organizar a sala que estava uma bagunça. Ele arruma o computador de modo que fique cada coisa em seu lugar... Pois cuidado! É bem provável que o seu irmão mais novo que passa horas na internet tenha problemas posturais.

 Em uma postagem anterior já comentamos o significado da ergonomia e sua relação com a movimentação corporal. Seja em casa ou no trabalho, ficar sentado na mesma posição por longos períodos de tempo também pode causar desconforto físico ou lesão, ainda mais quando o mobiliário não ajuda.

 A Norma Regulamentadora 17 do Ministério do Trabalho e Emprego estabelece alguns requisitos importantes para o trabalho sentado considerando longos períodos de permanência. As mesas e escrivaninhas devem ter a altura da superfície de trabalho compatível com o tipo de atividade e principalmente ter características dimensionais que possibilitem o posicionamento e a movimentação adequados dos movimentos corporais.

Para as cadeiras, por exemplo, a Norma prescreve que os assentos tenham altura ajustável com pouca ou nenhuma conformação na base e borda frontal arredondada. O encosto deverá ter uma forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.
 
Vejamos algumas dicas que podem ajudar a prevenir riscos ergonômicos e seus conseqüentes problemas posturais.

Coluna: Ao sentar-se próximo à superfície de trabalho, deve-se apoiar a coluna no encosto da cadeira, em uma posição reta ou levemente inclinada para trás, com a cadeira próxima da mesa de trabalho, cuidando para que o tronco e o pescoço não fiquem curvados.

Braços: Os braços devem estar relaxados com os antebraços e as mãos paralelos ao chão. Os cotovelos devem ficar na altura do tampo da mesa e os pulsos devem ficar o mais reto possível.

Cabeça: A cabeça deve ficar reta ou inclinada ligeiramente para frente evitando-se permanecer com a cabeça ou o tronco torcido.

Pernas: As coxas devem estar na horizontal ou levemente inclinadas para baixo.  A tíbia deve formar um ângulo quase reto com o fêmur.  Os pés devem ficar retos no chão e se necessário, pode-se utilizar um apoio para os pés.

O hábito de postura correta implica numa cadeira ideal, regulável em altura, inclinação de assento e apoio para os braços.  Quando sentado, a pessoa deve ficar com as pernas num ângulo de 85 a 110º de flexão em relação ao quadril, joelhos e tornozelo.  O encosto das costas deve ir da base das escápulas até a curva lombar.

 A mesa para uso de microcomputadores deve possuir uma altura correta. O teclado deve permitir uma digitação com os braços relaxados e as mãos em posição neutra.  O conforto da posição sentada deve considerar duas alturas: a altura da cadeira e a altura da mesa. Como existem variações das dimensões corporais das pessoas, é evidente que uma postura confortável para a maioria só será obtida com a regulagem ao menos de uma destas duas alturas.

Quando a mesa e a cadeira são reguláveis em altura, todas as combinações são possíveis e susceptíveis de oferecer uma boa adequação da pessoa ao mobiliário. Já quando a mesa é fixa e a cadeira é regulável em altura, a regulagem da cadeira deverá satisfazer aos critérios de conforto dos membros inferiores, com os pés bem apoiados sobre o solo e com ausência de compressão das coxas, os ângulos de conforto dos braços e do antebraço, e o conforto visual ligado à distância dos olhos ao plano de observação.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Extintores de incêndio



Pouca gente valoriza, mas os extintores de incêndio são necessários em qualquer casa ou escritório. Embora exista a possibilidade deles ficarem acumulando poeira, os extintores podem salvar vidas ou reduzir as perdas causadas por um incêndio.

Os extintores são equipamentos prontos para combater incêndios ainda em fase inicial e possuem uma limitação operacional em função da sua carga útil reduzida, devendo apresentar algumas condições para que sejam eficazes:
1 – O extintor deve estar em local apropriado e em perfeitas condições de funcionamento;
2 – Sua utilização deve estar de acordo com a classe de incêndio a ser combatido;
3 – O incêndio deve ser identificado ainda no início;
4 – O operador do extintor deve estar preparado e saber manusear o extintor.

Os extintores mais utilizados são os portáteis que normalmente recebem o nome do agente extintor que utilizam. Para que o agente extintor seja expelido do recipiente é necessário que outro agente propelente crie pressão suficiente dentro do cilindro. Sendo assim, eles se classificam em extintores pressurizados, a pressurizar ou com propulsão química.

Nos extintores pressurizados o próprio agente extintor fica comprimido no reservatório, como no caso do extintor de CO2 (dióxido de carbono) ou dos extintores de pó químico ou de água que são pressurizados com hidrogênio.

Nos extintores a pressurizar o gás propelente não fica em contato com o agente extintor, mas em um cilindro auxiliar separado, cuja válvula deve ser aberta antes do uso para pressurizar o reservatório.

Os extintores com propulsão química funcionam a partir de uma reação química entre as substâncias armazenadas que libera um gás que impulsiona o agente extintor.

A durabilidade dos extintores de incêndio depende de manutenção periódica e de uma correta utilização. Como todo cilindro que contenha pressão interna, os extintores estão sujeitos à ruptura, o que pode colocar em risco a segurança dos usuários. Por isso existe uma data prevista para realização do teste hidrostático, onde se utiliza água injetada para testar a resistência do cilindro a pressões superiores a pressão normal de carregamento.

A manutenção dos extintores tem a finalidade de preservar as condições originais de operação após sua utilização ou quando requerido por uma inspeção. Ao destinar os extintores para manutenção, eles devem ser entregues vazios, para garantir que o serviço foi realizado.

Para que os extintores sejam utilizados com eficiência, o tempo de localização e identificação é importante. Para isso, é feita a utilização de símbolos, cores, letras e palavras-chave, com o objetivo de permitir a confirmação imediata da adequação do extintor à classe do incêndio.

Os incêndios são caracterizados em 4 classes conforme os combustíveis que os originam, sendo:
Classe A - Materiais de fácil combustão que queimam em sua superfície e profundidade, deixando resíduos. Exemplo: tecidos, madeira, papel, fibra, etc.;
Classe B - Produtos que queimam somente em sua superfície e não deixam resíduos. Exemplo: óleo diesel, graxa, verniz, tinta, gasolina, etc.;
Classe C - Ocorre em equipamentos elétricos energizados como motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.
Classe D - Elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio.

Extintores para incêndio classe A possuem um triângulo eqüilátero verde, com a letra “A” inscrita na cor branca. Acima haverá a palavra “Combustíveis” e abaixo a palavra “Sólidos”.

Extintores para a classe B possuem um quadrado vermelho com a letra “B” inscrita na cor branca. Acima haverá a palavra “Líquidos” e abaixo a palavra “Inflamáveis”.

Extintores para a classe C possuem um círculo azul com a letra “C” inscrita na cor branca. Acima haverá a palavra “Equipamentos” e abaixo a palavra “Elétricos”.

Extintores para a classe D possuem uma estrela de cinco pontas amarela com a letra “D” inscrita na cor preta. Sobre a estrela haverá a palavra “Metais” e abaixo a palavra “Combustíveis”.

Os extintores utilizados para mais de uma classe de incêndio terão tantos símbolos quanto necessário, em uma seqüência horizontal. Os agentes extintores que vão determinar as classes de incêndio a serem combatidas. Podemos identificar facilmente os extintores pelo bico de aplicação.

Os extintores de água pressurizada ou com mistura água-gás são ideais para incêndios da Classe A, nunca devendo ser utilizados em incêndios das Classes B, C e D.

Os extintores de gás carbônico (CO2) devem ser utilizados em incêndios das Classes B e C, podendo ser aplicados em incêndios de Classe A quando em estágio inicial.

Os extintores de pó químico seco (PQS) devem ser usados em incêndios das Classes B e C. Nos incêndios Classe D, também será usado extintor tipo "Químico Seco", porém o pó químico será especial para cada material.

Os extintores de espuma mecânica devem ser usados em incêndios das Classes A e B. A espuma é formada por uma mistura de água, ar atmosférico e um extrato a base de carbono e flúor que quando agregados entre si formam uma massa de pequenas bolhas que flutuam sobre os líquidos inflamáveis na forma de um colchão que abafa o incêndio Classe B. Além disso, aumenta as propriedades umectantes e o poder de penetração da água, conseguindo ótimos resultados na extinção dos incêndios Classe A.

Os extintores de hidrocarbonetos halogenados, também chamados de halon, são pressurizados pela ação do próprio agente extintor que é um gás liquefeito e possuem as mesmas aplicações dos extintores de CO2.

Em outras postagens escreverei mais sobre os extintores e sua importância no combate a incêndios. Por enquanto, devemos procurar conhecer os tipos disponíveis no mercado e suas aplicações, lembrando que os ambientes onde haja risco de incêndio e principalmente os acessos as saídas de emergências devem dispor de extintores, pois mesmo que eles acumulem um pouco de poeira, ainda é melhor do que não ter no momento de necessidade.

domingo, 28 de agosto de 2011

Conscientização no trânsito III


Filme muito criativo de conscientização sobre bebida e direção. Assisita!


Simples questão de ergonomia

Carregar peso de forma manual pode ocasionar lesões musculares, principalmente quando feito com freqüência e de forma errada. Evidentemente, isso dependerá da capacidade e da condição física da pessoa, seu gênero sexual, sua idade e outras condições. O manuseio freqüente de carga manual expõe as pessoas a fatores de risco ergonômico.


Ergonomia advém de duas palavras gregas: “ergon” que significa trabalho, e “nomos” que significa leis. Hoje em dia, a palavra é usada para descrever a ciência de conceber uma tarefa adaptada as pessoas desobrigando as pessoas a se adaptarem à tarefa. Ela também é chamada de engenharia dos fatores humanos.

Existem atividades que exigem esforços como levantar peso acima da cabeça e em posições inadequadas, permanecer ajoelhado ou em posturas estáticas, efetuar torções musculares, realizar movimentos repetitivos, aplicar de força excessiva e pressão sobre a musculatura. Quando praticadas por muito tempo, estas atividades podem causar lesões nas costas, ombros, mãos, pulsos, pernas e outras partes do corpo, afetando músculos, tendões, ligamentos, nervos e vasos sangüíneos.


Estes problemas posturais podem ser evitados através da adoção de alguns cuidados simples como reduzir os esforços nas costas e nos ombros ou reduzindo o peso de carregamento. Na série de figuras abaixo, o operador efetua o levantamento esforçando as pernas ao invés da musculatura das costas.


Freqüentemente, pequenas adaptações podem reduzir esforços e aumentar o rendimento de certas atividades. Em outro bom exemplo uma alça de balde teve seu diâmetro de pega aumentado como forma de aliviar o esforço da mão.


Carrinhos e outros equipamentos com rodas podem reduzir ou mesmo eliminar o risco ergonômico. Existem diversos tipos de equipamentos para cada tipo de material a ser transportado, sendo que alguns são até automatizados. Entretanto, nem sempre dispomos deste tipo de recurso e neste caso, devemos solicitar ajuda para podermos movimentar a carga.



Vejamos algumas dicas posturais para evitar lesões:

Como sentar – Utilizar preferencialmente cadeiras rígidas evitando poltronas macias. O encosto deve ter uma saliência na região lombar para dar suporte e manter a postura correta. Os pés devem se apoiar completamente no solo ou sobre um pequeno estrado de 5 a 8 centímetros de altura. Os quadris devem ser mantidos em 90 graus. Deve-se evitar debruçar sobre a mesa e apoiar os braços mantendo o cotovelo em 90 graus.


Como ficar de pé - Mantenha um estrado de mais ou menos 10 centímetros de altura nos locais em que você habitualmente permanece. Coloque um dos pés no estrado e trabalhe alternando o apoio dos pés. Esta posição oferece uma sensação de bem estar na coluna, porém, caso você não possua estrado de apoio, coloque sempre um dos pés à frente.


Como dormir - Se o seu lado direito é o mais doloroso, deite de lado apoiando o lado direito no colchão e coloque um travesseiro entre os 2 joelhos. O colchão deve ser semi-rígido, mais para o rígido do que para o mole.


Como pegar e carregar peso - Se o peso estiver no solo, você deve agachar-se e dobrar completamente ambos os joelhos. Fique de pé esticando ambos os joelhos e sempre conduza o peso próximo ao corpo. Transfira o peso sempre para os joelhos e evite transferi-lo para a coluna.


Para Dirigir Carro – Procure sentar-se mais próximo do volante com as pernas levemente arqueadas mantendo os joelhos um pouco mais alto que os quadris. Os braços também devem ficar levemente arqueados de modo que seja possível efetuar curvas, sem retirar as mãos do volante. Pode-se colocar também uma almofada no banco por atrás da região lombar.


Realize alguns exercícios da sua preferência antes de se deitar e quando se levantar pela manhã. Estique a coluna sempre que necessário e se você chegar em casa cansado, procure deitar e relaxar colocando as pernas com os joelhos dobrados sobre uma almofada alta ou sobre vários travesseiros. Esta posição diminui a lordose lombar e relaxa a musculatura.

sábado, 23 de abril de 2011

A forma certa de colocar pneus no carro

Dúvido que você já sabia dessa!

Efeitos do ruído na saúde

Se você já não é um desses, certamente conhece alguém que possui um carro cheio de caixas de som e que gosta de perturbar os outros colocando músicas bregas a todo o volume. Pois saiba que a exposição ao ruído, ou a este tipo de som, como prefere, é muito prejudicial a sua saúde e a dos outros que estejam a sua volta.

O ruído é um fator de risco presente em várias atividades humanas, fazendo parte do nosso cotidiano inclusive nos processos de trabalho. Espetáculos públicos, casas de show, bailes, botecos com karaokê (isso é duro!) e até cultos religiosos são eventos que podem desencadear perda auditiva. A perda auditiva ou diminuição da acuidade auditiva é a conseqüência mais imediata causada pela exposição excessiva ao ruído. 
A exposição excessiva ao ruído pode acarretar outros problemas de saúde, como por exemplo, aumento da pressão sanguínea e da ansiedade, perturbação da comunicação, provocar irritação e fadiga, diminuir o rendimento do trabalho, entre outros fatores. Quanto menor o tempo de exposição ao ruído, menor é a probabilidade de ocorrência de problemas auditivos.

Nossos ouvidos são constituídos pela orelha externa, uma cartilagem elástica que direciona as ondas sonoras pelo canal auditivo até o tímpano, pela orelha média, composta por três ossículos - bigorna, estribo e martelo - que transmitem as vibrações da membrana para a tuba auditiva e, pela orelha interna, um conjunto de cavidades, entre elas a cóclea, parecida com um caracol que leva os impulsos aos centros corticais do cérebro, onde acontece o reconhecimento do som.

A Perda Auditiva Induzida por Ruído é causada pela exposição prolongada a níveis de ruído elevado, é indolor, gradual e seus sinais são quase imperceptíveis, começando com zumbido no ouvido após exposição a nível de ruído alto, dificuldade de manter conversação normal e sensação dos sons estarem abafados. Com a destruição das células ciliadas da cóclea, a orelha interna perde a capacidade de transformar as ondas sonoras em impulsos nervosos e conseqüentemente, a pessoa deixa de escutar. Não há cura para células ciliadas destruídas, por isso a perda auditiva é irreversível.

O Trauma Acústico é um outro fator de perda auditiva que acontece de forma súbita, causada por uma única exposição a níveis de ruído muito altos, como a explosão de uma bomba ou fogo de artifício. Em geral, acompanha-se de zumbido imediato onde pode haver rompimento do tímpano, hemorragia ou danos na cadeia ossicular. Todas as estruturas do ouvido podem ser lesadas, em particular o órgão de Corti, parte auditiva do ouvido interno.

Nenhum dos fatores de perda auditiva citados acima tem relação com a chamada presbiacusia que é a perda auditiva ocasionada por envelhecimento natural do sistema auditivo, ou ainda com relação a causas patológicas, como rubéola, meningite, infecções do aparelho auditivo. A poluição sonora é um caso de segurança, de meio ambiente e de saúde pública que deve ser tratada com mais seriedade pela população.

A exposição a níveis de ruído elevado, fora do ambiente laboral acontece por ignorância das pessoas em relação aos efeitos negativos do ruído na saúde. Isso poderá trazer sérias conseqüências para o futuro desses indivíduos e muito pouco se fala sobre o assunto no sentido de educar e melhorar inclusive a qualidade de vida das cidades.

domingo, 3 de abril de 2011

O avanço da dengue

Se você encontrar uma barata ou um rato na tua casa, espera pelo governo para combater?
O avanço do vírus tipo 4 da dengue pelo Brasil é uma ameaça à saúde pública. Não pelo vírus em si, que não é mais nem menos perigoso que os tipos 1, 2 e 3, mas pela entrada em ação de mais uma variação do microorganismo.

A explicação do problema provocado pelo vírus 4 está no sistema imunológico do corpo humano. Quem já teve dengue causada por um tipo do vírus não registra um novo episódio da doença com o mesmo tipo. Ou seja, quem já teve dengue devido ao tipo 1 só pode ter novamente se ela for causada pelos tipos 2, 3 ou 4.
A possibilidade da reincidência da doença é preocupante. Caso ocorra um segundo episódio da dengue, os sintomas se manifestam com mais severidade. “Existe certa sensibilização do sistema imunológico e ele dá uma resposta exacerbada”.

Esta reação exagerada do sistema imunológico é um problema. Pode causar inflamações e, por isso, aumenta o risco de lesões nos vasos sanguíneos, o que levaria à dengue hemorrágica. Um terceiro episódio poderia ser ainda mais grave, e um quarto seria mais perigoso que o terceiro.

Saiba reconhecer os sintomas da dengue
Diagnosticar a dengue com rapidez é uma das chaves para combater a doença com maior eficácia. O primeiro passo para isso é conhecer como a infecção se manifesta. Se os sintomas forem reconhecidos, é fundamental procurar um médico o mais rápido possível. Em geral, a doença tem evolução rápida e benigna: saber antes pode fazer a diferença entre a ocorrência de um mal menor e conseqüências mais graves, principalmente no caso de crianças. Para identificar a gravidade da doença, destaca - se os chamados "sinais de alerta" da doença, que são: dor intensa na barriga, sinais de desmaio, náusea que impede a pessoa de se hidratar pela boca, falta de ar, tosse seca, fezes pretas e sangramento.

Diagnóstico precoce
De acordo com os médicos é essencial fazer tanto um diagnóstico clínico – que avalia os sintomas – como o exame laboratorial de sorologia. O exame de sangue sozinho não determina se o paciente está com dengue ou não. É preciso diagnosticar também os sintomas.

Período crítico
O período crítico da doença é quando a febre do paciente diminui. Se a febre passar e o paciente tiver muita dor na barriga, ele está num estado grave mesmo sem sangramento. Esse é um grande problema no atendimento primário nos hospitais porque geralmente as pessoas com febre são atendidas prioritariamente. A dengue é uma doença que faz a pessoa perder muito líquido. Por isso, é preciso beber muita água, suco, água de coco ou isotônico. A hidratação faz parte do tratamento. Bebidas alcoólicas, diuréticas ou gaseificadas, como refrigerantes, devem ser evitadas.

Combate ao mosquito

O primeiro passo para o combate é a mudança de mentalidade das pessoas. A responsabilidade da prevenção é tanto da população como dos governantes. Todos nós sabemos o que deve ser feito, a prevenção é a única arma contra a doença.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Percepção de risco

Os acidentes estão sempre relacionados aos riscos presentes nas atividades, ao tipo de tarefa, ao ambiente e às pessoas. O conceito de risco é complexo e as pessoas são mais ainda. De um modo geral, todos tendem a resistir à idéia de que se encontram em perigo e muitas pessoas subestimam o perigo e a possibilidade de sofrer ou causar acidentes. Por exemplo, quase todo mundo acha que dirige melhor do que realmente dirige ou que tem menos chance de ter câncer do que outras pessoas. Este otimismo irreal baseia-se na desconsideração de que o perigo é uma ameaça constante.


Uma cultura de segurança é definida pelo grau de percepção de risco que os indivíduos possuem do ambiente. Ela depende da educação e dos valores de vida que cada indivíduo tem em relação a si, às pessoas a sua volta e a sociedade como todo, sendo definida como a experiência de contato com um perigo, alertada por meio dos sentidos (audição, visão, tato, olfato e paladar) e interpretada pelo indivíduo que então, decide o que fazer.

Diante de um tiroteio, de um incêndio ou de um cão bravio, as pessoas podem ter reações diferentes em função de suas características individuais. Umas irão correr, outras ficarão paradas em pânico, outras podem gritar, desmaiar, etc. Mesmo que todas estas reações sejam voltadas para auto-proteção, elas não serão iguais entre pessoas de cultura e educação diferentes. Para podermos entender a percepção de risco, precisamos compreender os conceitos e as diferenças entre perigo e risco.


O perigo é definido como uma fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos de lesão, doença, prejuízo material, dano ao meio ambiente ou mais de uma destas conseqüências. O risco é entendido como uma combinação da probabilidade de ocorrência e da conseqüência de um determinado evento perigoso. Quanto maior for a possibilidade de um evento perigoso ocorrer e quanto maior for as suas conseqüências, mais arriscada será uma atividade.

Sabemos por exemplo, que a gasolina é um perigo em vista de suas características inflamáveis. Porém o grau de risco vai depender da forma como ela é manuseada, ou seja, da probabilidade de causar dano às pessoas. Se numa situação hipotética a gasolina for armazenada em um recipiente fechado e seguro o risco de dano será baixo, porém, se ela for armazenada em um recipiente aberto e desprotegido o risco de incêndio será alto.


Avaliar os riscos consiste em se identificar o quanto estamos seguros lidando com os perigos à nossa volta. Para isso, devemos identificar os perigos, analisar as conseqüências de um evento perigoso, a probabilidade de este evento acontecer e a freqüência com que ele pode se repetir. Existem diversas formas de se avaliar as condições de risco de uma atividade, mas isso só será comentado em outras postagens.

Abaixo seguem algumas das condições comportamentais que influenciam a forma de se perceber os riscos:

Medo – Uma preocupação sobre uma situação de risco. O que mais preocupa: ser comido por um tubarão ou morrer de uma doença cardíaca? Ambos matam, mas os problemas cardíacos apresentam uma maior probabilidade de ocorrência. As perdas que mais tememos são as mais preocupantes, e o temor é o reflexo daquilo que pensamos sobre uma situação de risco.

Controle – Ter o controle da situação aumenta a sensação de segurança. A maioria das pessoas sente-se segura quando está dirigindo, pois têm o sentimento de poder controlar os acontecimentos. Quando elas estão na carona, se sentem nervosas por não terem o controle.

Escolha - Um risco escolhido por nós mesmos nos parece menos perigoso do que um outro que nos seja imposto por outra pessoa. Alguém acha perigoso e preocupante que outros motoristas usem o telefone celular enquanto dirigem mesmo que ele próprio assuma o mesmo tipo de risco. O sentimento de controle que se tem quando se está dirigindo contribui para esta percepção.

Riscos novos – Novas situações de risco são consideradas mais terríveis do que aquelas com os quais convivemos há mais tempo, pois o conhecimento nos ajuda a contextualizá-las. Seria melhor morrer de uma doença conhecida do que de uma desconhecida, mesmo que a conseqüência não mude.

Conscientização - Quanto mais consciência se tem sobre a exposição há um determinado agente de risco, maior é a preocupação da pessoa sobre o assunto. Quem desconhece o risco, não tem objeção em se expor a eles. Quem se expõe a níveis de ruído ou som elevado não conhece as conseqüências maléficas desta exposição.

Possibilidade de impacto pessoal - O risco parece maior quando a vítima é a própria pessoa ou alguém próximo a ela. Quanto maior a proximidade e o conhecimento das conseqüências do risco, maior o temor. A notícia de que um tanque de etanol vai explodir na China causa mais curiosidade do que temor.

Protecionismo - A sobrevivência de uma espécie depende da sua prole. Por isso, os riscos que expõem as crianças parecem mais graves do que os riscos aos quais são expostos os adultos. Em segundo plano, os riscos que afetam as mulheres são mais considerados do que os que os homens.

Relação custo-benefício - É o principal fator que determina o medo diante de uma ameaça. Se uma escolha for vista como benéfica, o risco a ela associado parecerá menor do que quando tal benefício não for percebido. No entanto um benefício aparente e imediato pode trazer prejuízo sério em longo prazo. A escolha de fumar ilustra bem esta condição.

Memória de riscos - Quando ocorre um acidente, o risco passa a ser lembrado mais intensamente. As experiências pessoais são um elemento importante da percepção, pois determinarão a atenção dada a certas situações.

Efeitos sobre a segurança pessoal e bens materiais - Um evento é percebido como perigoso quando afeta interesses e valores fundamentais, como saúde, moradia, valor de uma propriedade e futuro.